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O protesto foi interrompido quando o policial, dentro de um carro, tentou avançar contra os manifestantes e disparou pelo menos duas vezes para o alto, assustando todos que estavam no local. Houve correria. Policiais militares perseguiram o veículo do atirador, e participantes da manifestação também foram atrás para cobrar explicações.

O agente foi detido na Rua Ministro Tavares de Lira, com a arma na cintura, e foi agredido por populares indignados com sua atitude, especialmente pelo fato de a manifestação contar com crianças, que poderiam ter sido feridas. Segundo informações, o policial é lotado na 73ª DP (Neves), porém esta informação ainda não foi confirmada.

De acordo com a Polícia Civil, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil (CGPOL) informou que o agente estava de folga e foi preso em flagrante por disparo de arma de fogo. Um Processo istrativo Disciplinar (PAD) foi instaurado para apurar sua conduta.

A Polícia Civil disse ainda que não compactua com qualquer desvio de conduta, crime ou abuso de autoridade praticado por seus servidores.

Protesto

O protesto, iniciado de maneira pacífica às 13h deste domingo (8), reuniu os pais de Herus, amigos e moradores da comunidade. Também marcaram presença o rapper Filipe Ret e o ator Caio Blat. Os manifestantes, com cartazes em mãos, cobraram explicações sobre a operação realizada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope), que resultou na morte de Herus e deixou cinco outras pessoas feridas.

O jovem foi enterrado pela manhã no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Durante o cortejo fúnebre, os pais de Herus denunciaram o que consideram uma possível omissão de socorro por parte da Polícia Militar.

Relembre o caso

De acordo com relatos, na noite de sexta-feira (6), estava sendo realizada uma apresentação de quadrilhas juninas no Morro do Santo Amaro, com a participação de crianças e famílias da comunidade. A festa contou com a presença de grupos de quadrilheiros de diversas cidades do Rio. Durante uma das apresentações, enquanto moradores dançavam um tiroteio começou, gerando pânico e correria entre os presentes.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram cenas de pânico, com pessoas correndo e se jogando no chão para se proteger. Há relatos de pessoas pisoteadas na tentativa de fugir dos tiros. Em outros vídeos, moradores aparecem entrando em casas para se abrigar dos disparos.

“Parecia uma cena de guerra, um filme de terror. A gente só queria dançar e celebrar a cultura”, disse outra moradora, emocionada.

Na troca de tiros, Herus Guimarães Mendes da Conceição foi atingido e, em estado grave, foi levado ao Hospital Glória D'Or, também na Zona Sul do Rio. A unidade hospitalar informou que, apesar de intensas tentativas de reanimação, o jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Além de Herus, outras cinco pessoas ficaram feridas no confronto, incluindo um dançarino de São Gonçaolo de 16 anos.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, até o domingo, apenas uma pessoa permanecia internada, com quadro estável, no Hospital Municipal Souza Aguiar, enquanto os outros feridos já haviam recebido alta médica.

O que a PM diz em relação à operação

Em nota, a Polícia Militar informou que equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) realizaram uma ação emergencial para verificar informações sobre a presença de diversos criminosos fortemente armados reunidos na comunidade do Santo Amaro, se preparando para uma possível investida de rivais, por uma disputa territorial na região.

A PM disse que bandidos atiraram contra os policiais, na região onde ocorria o evento, mas eles não revidaram. Entretanto, "em outro ponto da comunidade, os criminosos atacaram as equipes novamente, gerando confronto". Os militares chegaram a socorrer um dos baleado para o hospital. "As equipes utilizaram câmeras de uso corporal e as imagens já estão sendo captadas e comprovadas pela Corregedoria da corporação".

O comando do Batalhão instaurou um procedimento apuratório para analisar a situação dos fatos. A PM não informou se as equipes envolvidas na ação sabiam sobre a realização da festa. O caso foi registrado inicialmente na 9ª DP (Catete) e encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). As diligências estão em andamento para apurar os fatos.

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Tayná Ferreira

Tayná Ferreira

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